Aterro sanitário não funciona desde 2005
O lixo recolhido diariamente em Penedo tem sido jogado em trecho situado acerca de 300 metros das casas do povoado Capela, situação incômoda para a comunidade localizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Marituba. O acúmulo é motivado pela impossibilidade de acesso dos caminhões ao local onde deveria funcionar o aterro sanitário, segundo o Vereador Valdinho Monteiro.
Procurado por pessoas da comunidade, ele declarou durante a sessão parlamentar de 08 de agosto que a Prefeitura tem que recuperar a estrada de acesso ao “lixão”. Valdinho Monteiro destacou em seu discurso que o aterro sanitário funcionou adequadamente quando o ex-prefeito Alexandre Toledo encerrou o mandato em 2004.
Por falta de manejo adequado, o aterro transformou-se em “lixão” durante o primeiro mandato de Március Beltrão (2005-2008), foi mantido dessa forma na gestão Alexandre Toledo/Israel Saldanha (2009-2012) e permanece causando transtornos, degradando o meio ambiente, servindo como foco de proliferação de doenças, além de espalhar mau cheiro que inferniza os moradores do povoado Capela.
Fim do “lixão”
“Enquanto esse problema não for resolvido, eu vou continuar cobrando o fim desse lixão”, afirmou Valdinho Monteiro, frisando ainda que o chorume (líquido altamente poluente) que escorre do depósito irregular vai para uma das lagoas marginais da Várzea da Marituba, área de reprodução de várias espécies da fauna e da flora do Rio São Francisco.
Em aparte ao discurso do colega parlamentar, o Vereador Júnior do Tó frisou que uma das metas do Conisul é tratar adequadamente o lixo produzido nas 12 cidades que integram o consórcio intermunicipal. Apesar da formalização da iniciativa apontada como solução viável para bancar e manter os altos custos de um novo aterro sanitário, a questão do tratamento do lixo doméstico no Brasil tem que ser resolvida até 2014, prazo estipulado pelo governo federal.
Falta compromisso com o povo
Ainda na tribuna da Câmara, o Vereador Valdinho Monteiro questionou a falta de médicos na zona rural de Penedo, atendimento que deveria ocorrer pelo menos uma vez por semana em cada comunidade. A falta de assistência mostra que a atual gestão não tem compromisso com o povo penedense, segundo o parlamentar. “Antes também faltava, mas nunca ficou sete meses sem um médico nos postos dos povoados”, comparou.
Indignado, Valdinho requereu a atuação de Agente Comunitário de Saúde na Cerquinha das Laranjas, Gulandim e Riacho Vermelho, comunidades sem ACS desde janeiro de 2013. Ele também reclamou o conserto de um implemento agrícola (grade) da Prefeitura que está “enferrujando” há 5 meses numa oficina de Penedo porque não se faz a troca de uma peça que custa cerca de duzentos reais. Caso estivesse funcionando, a grade poderia ser usada em benefício de produtores rurais de baixa renda do município.