“Cadê o compromisso com o povo?”. Com este questionamento, o vereador Ronaldo Vicente resumiu sua indignação contra a municipalização do transporte escolar em Penedo. Ele fez diversas indagações na reunião da CMP nesta quinta-feira, 12, sobre a adesão à proposta do governo estadual, criticando o não cumprimento da palavra do prefeito sobre o tema.
Ronaldo Vicente lembrou que Március Beltrão afirmou que não assinaria o convênio porque o valor repassado por aluno (R$ 400/ano) é insuficiente e que seria preciso pelo menos R$ 600 para assumir o compromisso. “Para nossa surpresa, o prefeito fez a adesão pelos quatrocentos reais. Por que aceitou?”, perguntou o vereador criticou ainda a tomada de decisão que ignora acordo fechado na audiência pública promovida pela CMP na semana passada.
Outros prejuízos causados pela adesão do gestor e apontados por Vicente são o aumento dos custos para a prefeitura que alega situação de crise financeira, mas não faz prestação de contas na Câmara de Vereadores. O aumento dos gastos com combustível é inevitável, segundo o edil que citou a obrigação da prefeitura transportar estudantes da rede pública estadual que moram até em povoados de Igreja Nova, alunos matriculados em escolas situadas em Penedo.
“Olho grande”
Ronaldo Vicente avalia que o prefeito age com “olho grande” e acrescentou a falta de planejamento da adesão porque a carga horária dos Ensinos Fundamental e Médio são diferentes, o que implica em término das aulas em horários distintos. Além disso, o calendário escolar das redes estadual e municipal também são diferentes.
Por fim, em aparte ao discurso do colega parlamentar Valdinho Monteiro sobre o estado deplorável da Escola Municipal Douglas Apratto Tenório, Ronaldo Vicente perguntou: “Se hoje o recurso do município não dá nem para cuidar do que tem, por que colocar o olho grande em cima?”, referindo-se ao pedido de unidades da rede estadual pelo prefeito Március Beltrão.