A greve dos servidores da Educação repercutiu na Câmara Municipal de Penedo (CMP) nesta quarta-feira, 03, data da primeira reunião ordinária do Poder Legislativo no mês de junho. Com a assistência lotada de funcionários da Secretaria Municipal da Educação e representantes do Sindspem, vereadores declararam apoio ao movimento deflagrado na sexta-feira, 29 de maio. Os parlamentares pediram também a reabertura da negociação por parte da Prefeitura.
A solicitação para a retomada do diálogo foi apresentada à Mesa Diretora da CMP. De imediato, o Presidente Júnior do Tó (Antônio de Figueiredo Barbosa Júnior) assumiu o compromisso de tentar “fazer a ponte” entre os grevistas e o Prefeito Március Beltrão, solicitando o apoio do líder da bancada governista, Vereador Messias da Filó (Manoel Messia Lima). Independentemente da posição de cada parlamentar em relação ao governo, todos manifestaram solidariedade às reivindicações dos servidores da Educação.
Um dos pontos destacados nos discursos dos parlamentares é o conhecimento prévio do Prefeito e do Secretário de Educação Luciano Barros Lucena sobre as reivindicações dos servidores. A pauta atual é praticamente idêntica ao documento encaminhado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Penedo (Sindspem) em janeiro do ano passado.
Sendo assim, o pedido de prazo pelo governo ao sindicato para analisar os pontos da pauta e o impacto na folha salarial não se justificam. Outro aspecto duramente criticado pelos vereadores foi a suspensão do contrato de todas as pessoas que atualmente trabalham na Secretaria Municipal de Educação por meio de processo seletivo.
De acordo com duas portarias assinadas pelo Secretário Luciano Lucena, monitores, merendeiras, cuidadoras e serviços gerais estão com contrato suspenso “por prazo indeterminado até a solução do movimento grevista”. O gestor da pasta também determinou a suspensão das atividades letivas até segunda ordem.
Texto e foto Fernando Vinícius – jornalista MTB 837/AL